quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Música vs Futebol | Choque de Culturas


Pergunto-me, todos os dias, porque é que tudo, ou quase tudo, tem de estar directa ou indirectamente ligado futebol. Tantas e tantas coisas acontecem ao mesmo tempo, tantas e tantas outras disputas por diversos títulos acontecem frequentemente em toda a Europa (pelo menos) e, então, por que nós temos tanta obsessão pelo cultura do futebol? Talvez esta seja uma possível resposta: a força dos “media”.
Longe de fazer campanha contra o futebol, a minha intenção aqui é apenas questionar os nossos direitos do conhecimento, não só sobre a disputa daqueles indivíduos que até perdem o controlo atrás de uma bola, mas também por uma infinidade de coisas, que muitas vezes até são ignoradas pelo governo, pelo povo e pelos meios de comunicação. Especificamente quero aqui reflectir sobre a questão da educação no nosso país, tendo a música como um ponto de referência.
Os princípios da educação vão de encontro à sociedade geral, digamos, e a sua finalidade é determinada pela cultura, sociedade e homem que se quer desenvolver, ou seja, definir o tipo de homem que queremos criar é escolher a sociedade que queremos ter. Assim sendo, questiono-me: que tipo de educação a nossa sociedade está a priorizar?
A educação, na minha opinião, tem como objectivo proporcionar o desenvolvimento do indivíduo de uma forma geral, tendo assim de desenvolver as suas capacidades FÍSICAS, culturais, emocionais, sociais e morais, para que ele possa assim viver de maneira integrada na sociedade e capaz de exercer a sua cidadania.

Questionamo-nos da seguinte maneira:
Se a música está nas revoluções e festas, nos JOGOS e trabalhos, no nascimento e na morte, então por que a música era ou é esquecida quando pensamos na educação das crianças?
Fazendo uma comparação que será citada mais em baixo, as nossas crianças têm direito de descobrir a música e escolherem a música que querem e gostam. Não podemos nós limitar de maneira alguma a escolha musical de cada criança, só elas podem escolher, portanto é imprescindível que lhe seja oferecida uma variedade de músicas. Não podemos então permitir que sejamos continuamente induzidos pelos “media”.
Para que nos possamos tornar ouvintes musicais críticos não basta apenas ouvir música de qualidade, precisamos também de ser capazes de compreender o que ouvimos. Portanto temos dois problemas: o que ouvir e como aprender a ouvir.

Isto para dizer que (mencionando aqui um caso verídico), por exemplo, um pai que acaba de ter um filho, a primeira coisa que lhe ocorre quando se retira do hospital é imediatamente torná-lo sócio DO SEU clube de futebol!!!




Paulo Martins | a57266
UMinho

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