segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Extrem Couponing


Extrem Couponing, ou uma possível tradução, “Cupões ao Extremo” é o nome de um programa num canal que apenas transmite episódios sobre vidas invulgares de pessoas americanas, e neste caso, de pessoas que utilizam cupões para realizar as suas compras, mas para uma abordagem mais detalhada vejam o vídeo abaixo:

Inicialmente pensava que apenas meia dúzia de pessoas faria isto, mas depois de pesquisar mais um pouco pela internet, descobri que são milhares e milhares de pessoas que utilizam estes cupões, e quando conjugados inteligentemente fazem com que as compras de enormes quantidades sejam a preços irrisórios ou mesmo gratuitas. Estes cupões não são como os do Continente, que nos chegam por carta de quando em vez, e usamos em meia dúzia de artigos e o dinheiro fica retido em cartão para uma próxima compra. Estes, ou são retirados de panfletos promocionais, jornais ou até mesmo imprimidos de um website que os dispõe, depois de muito bem conjugados e verificados os artigos que se encontram em saldo é só ir às compras e encher carrinhos. Na hora do pagamento todos os produtos são facturados e no final da compra o responsável pela caixa pergunta ao cliente se tem cupões para descontar, e aí começa a verdadeira “magia”.
Este tipo de marketing, se assim lhe podemos chamar, é bastante compensador para quem conjuga bem os cupões, mas o resultado são dispensas como estas:  

Contudo, este tipo de consumo pode ser benéfico, pois se pensarmos a um longo prazo, o tempo perdido e as compras exageradas são bastante recompensadoras no orçamento familiar. No entanto existem pessoas que vêem-se obrigadas a aproveitar os cupões ao máximo adquirindo compras desnecessárias só por serem gratuitas, como por exemplo no vídeo anterior, a senhora comprou cerca de 15 embalagens de pastilhas para uma máquina de lavar louça sem ter uma máquina de lavar louça, apenas por ser gratuito, fazendo o mesmo com fraldas para bebé sem ter um. Contudo existem pessoas que usam essas compras exageradas para caridade, sendo talvez a razão mais lógica, do que acumular numa cave dezenas e dezenas de produtos dos quais não necessitam e existindo pessoas que carecem desses mesmos produtos.
Em suma, se este sistema entrasse em vigor em Portugal, com certeza que iria optar por fazer as compras com cupões, pois se tenho a oportunidade de “comprar” – deve-se dizer comprar quando é gratuito? -, por exemplo, escovas de dentes para mim e para a minha família de forma a ficar com um stock para bastante tempo aproveito a oportunidade, no entanto comprar outro produto, como dezenas de dúzias de ovos tendo galinhas em casa acho que é um total desperdício, pegaria antes nos ovos e iria dá-los a uma instituição que precisasse mais deles do que eu, assim como as fraldas para bebé ou comida para cão ou gato sem os ter.
No entanto o que ainda não consegui perceber é quem fica com o “prejuízo”, pois porque os produtos têm como finalidade: serem comprados pelo cliente fechando um ciclo de produção, contudo se os produtos são levados pelos clientes sem pagar nada quem os paga? E se pode “dar” comida ou outros produtos de higiene, porque não doá-los simplesmente?
Assim, para mim este Extrem Couponing é um género de concurso na vida real em que as pessoas participam sem saberem e testam as suas capacidades de raciocínio, tendo como prémio quanto mais poupar mais ganha. O que me faz pensar se toda a nossa vida não será um concurso…




                                                Maria Salomé Ramos Ferreira a57261
                                                     ( Licenciatura em Música da Universidade do Minho)

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